Fico perplexo em ver que em pleno século XXI o processo de escravatura ainda exista, é um procedimento que assim como tantos outros sofreu atualizações e modernizaram suas técnicas, o feitor, agora em alguns casos chama-se o patrão, ou o sistema, o chicote o grito, a humilhação em alguns casos ate pública, com palavras que diminui ainda mais o de menor repressão social e que se encontra sobre o julgo do que age dentro dos preceitos do posso quero e mando, imposição pela necessidade alheia, o castigo das senzalas, agora vem em corte indevido no salario do trabalhador.
Como um procedimento tão pobre eticamente falando consegue sobreviver em um século de tantas evoluções? Tem casos que fica nítida á mente perversa do feitor oprimindo o que seria o serviçal, o necessitado preso em uma cadeia sem muros ou grades, agora ela seria preso por suas próprias necessidades, levado ao tronco pelo compromisso de pagar um aluguel, que garante o teto da família, um prestação de um carro, a escola do filho(a) e assim vai, o trabalhador calado, enquanto o patrão incorpora o personagem doentio do senhor feudal, do homem que comanda não apenas as terras que hoje simboliza o setor de trabalho, mais que comanda as vidas que dependem daquele valor definido que deveria ser oferecido pelos serviços prestados, mais que ao longo dos dias termina sendo o preço de sua alma, sem direito a carta de euforia.
Como pode? Tal procedimento ainda existir, o que acho mais cruel de tudo isso é que quando se priva o homem da educação de direito, tira dele a consciência e automaticamente a percepção de que esta sendo submetido a um processo de escravidão moderna, sendo assim, sem conhecimentos ele caminha sobre as brasas ardentes e em chamas sem ter a consciência do que lhes queima os pês, e sem perceber ignora o direito de ser tratado com dignidade vivendo apenas sobre o julgo dos deveres que lhes foram impostos.
As senzalas modernas tem aspectos belíssimos esteticamente perfeitas revestidas com os mais caros mármores, porem escondem sobre suas paredes as lagrimas escondidas de vidas que foram submetidas ao opressor, aprenderam a sorrir enquanto a alma agoniza calada trancafiada no calabouço psíquico emocional do oprimido. Em pleno século XXI, ainda e em alguns lugares da nossa sociedade Brasileira e fácil ouvir o gemido calado dos inocentes assalariados, e a satisfação do feitor manuseando seu amigo inseparável tradicionalmente conhecido como chicote. Sendo assim, como não mais temos a princesa Isabel que libere a carta alforriando alguns brasileiros só conhecimento, poderá libertar o homem vitimado e sequelado do processo infame e da pratica ilegal da escravidão moderna atuante e existente neste século por estas razões a educação torna-se tão essencial quanto ao alimento para os que almeja a tão sonhada liberdade ou condição de uma vida com mais dignidade para todos. Os cadeados que prendem as correntes levando ao homem ao tronco são inúmeros; Entre eles estão às necessidades mais básicas do trabalhador brasileiro.
Exemplos O trabalhador escravizado diz:
Só me submeto a este tratamento porque pago aluguel da minha casa ou apto, porque estou pagando meu carro, sem este emprego não pago minha internet que preciso tanto, e assim vai... Preciso deste plano de saúde que oferecem, sem ele não posso acompanhar minha saúde, já que a saúde publica não funciona, já tenho 40 anos com essa idade não consigo mais trabalho. São inúmeras formas de manter a escravidão trabalhista no pais. E sinhozinho favorecido pelas necessidades do trabalhador diz: Se não quer pode sair, quero ver quem te paga melhor que eu, quer sair, peça as contas, Sem a devida condição de escolha e sem a qualificação necessária para sair à busca de uma condição mais humana de existir, muitos aceitam o tronco e acostuma-se com os acoites, adormecem o lombo, e condiciona-se a viver sobre o fardo pesado do opressor.
O homem torna-se refém de suas próprias carências mais acima de tudo, pela necessidade de continuar existindo, e o patrão vendo isso, cresce cultivando a opressão como o método mais eficaz que ele conhece de continuar ditando as regras do jogo, o opressor sabe bem, que boi com sede, bebe lama...
Texto de Jorge A. Barbosa Jorgenew77@gmail.com